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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Depoimento de uma lésbica...


Meu nome é Megan. Sou uma garota, mas sou quase um garoto. Na verdade, é o que dizem por aí. Só por que eu uso samba-canção e namoro outra garota. Sim, eu sou lésbica. Eu não escolhi isso e acho que ninguém escolhe. Não é aquela coisa de acordar um dia e dizer: “Ah, eu quero ser lésbica” e pronto. Não é assim de jeito nenhum.
Tem gente que acha que ser homossexual é modinha. E tem gente que acha que chamar um heterossexual de gay é ofensa. Então ta, a palavra gay agora virou xingamento. É isso? Eu não entendo por que as pessoas se ofendem com isso. Se você é, que seja. Se não, então qual é o problema?
Eu não posso dizer que nunca me interessei por um garoto, pois isso seria uma mentira. A gente não vira homossexual de uma hora para outra. É aos poucos. Eu, por exemplo, achava que nunca ia ser lésbica. É claro que eu não repudiava como outras pessoas por aí, mas achava que isso era impossível. Mas acho que um dos motivos pelo qual me tornei lésbica foi a decepção que eu tive com os homens. Fui apaixonada por vários e muitas vezes não fui correspondida ou era tratada mal. Eu não tive sorte com eles, mas quando eu conheci Tina, tudo ficou diferente. Primeiro, ela foi minha melhor amiga. É quase sempre assim que acontece. Eu dormia na casa dela e ela na minha. Éramos inseparáveis e nunca ninguém desconfiou, mesmo depois de estarmos juntas. Íamos para tudo quanto é lugar juntas: festas, bares, boates, compras, cinemas. Tudo. E foi assim que começou. Sentimos atração uma pela outra, e nenhuma das duas tinha tido experiências desse tipo. Éramos principiantes, digamos assim.
Nós nos damos muito bem. Eu a amo muito e ela me ama também. A reciprocidade sempre foi o nosso forte. Mas nós temos que aguentar o preconceito dessa sociedade hipócrita. Nunca fingimos que não somos namoradas. Não somos aceitas, mas não é por isso que eu escondo o meu amor por ela. Estamos sempre apoiando uma a outra e juntas estamos lutando contra o preconceito.
Eu acho que um dia as pessoas vão entender. Elas têm que considerar todas as formas de amor. Enquanto isso não acontece, eu continuo amando Tina e nada nem ninguém vai me arrancar esse amor, pois está bem cravado no meu peito como raiz.

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